sexta-feira, 31 de maio de 2013

RESENHA: DISTRITO 9

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DISTRITO 9
Ficção Científica, Ação, Thriller
País: EUA, Nova Zelândia, Canadá, África do Sul - 2009
Diretor: Neill Blookamp
Com: Sharlto Copley, Jason Cope, Nathalie Boltt

SINOPSE:
Na África do Sul, uma espaçonave gigantesca paira sobre a cidade, e após um tempo, as autoridades resolvem abordá-la, já que nada faz.

Diante do encontro de um grande número de ets doentes, criou-se um acampamento para abrigá-los, mas em alguns anos, uma violenta favela cresce descontroladamente.

Uma enorme ação de despejo é iniciada para realocamento dos milhares de seres em um local distante dos centros civilizados.

Durante a ação, um repórter se vê contaminado com um líquido alien, e começa a sofrer mutações que possibilitam a ele o uso de armamentos aliens, o que atrai a atenção das autoridades, que pretendem usá-lo em absurdas e desumanas experiências, com o intuito de venderem a tecnologia para outros países.

Em desespero para escapar, vemos o infeliz repórter tendo que enfrentar tanto o exército, quanto uma facção do crime local que também está interessada na tecnologia.

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Não veremos facilmente outro filme como esse! Ele simplesmente não se enquadra totalmente em perfis "normais".

De início, vemos semelhanças com INDEPENDENCE DAY, com essa idéia de uma super nave alienígena pairar por anos a fio sobre a cidade, sem mostrar as intenções, sem dizer ao que veio.

Para leitores de ficção científica, a idéia é até antiga, pois no excelente livro O FIM DA INFÂNCIA, o escritor ARTHUR C. CLARKE nos mostra exatamente essa situação.

Por isso, ao iniciar o filme, eu pelo menos estava achando tudo meio requentado, ainda mais com aquele tom de reportagem com aquele ator antipático (Sharlto Copley) fazendo ares idiotas que não me agradaram muito. Simplesmente não fiz muita fé.

Então outros elementos foram incorporados: Ets favelados (essa nunca vimos antes!), repórter contaminado em estado de mutação, lembrando A MOSCA, em sua nojenta mutação, Battle Droid em combate com armas aliens à la AVATAR ou TRANSFORMERS, e violência, MUITA violência...

E não é que o resultado agradou? Os produtores acertaram a mão, e o que parecia salada mista a princípio, revelou-se um eficiente filme de ficção científica e ação, daqueles que simplesmente não conseguimos prever o que vai acontecer na próxima cena!

No final eu até já estava simpatizando como o repórter.

Nota 9

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terça-feira, 28 de maio de 2013

RESENHA: TOY STORY - A TRILOGIA


Toy Story
Animação, Aventura, Comédia
País: EUA - 1995
Diretor: John Lasseter
Com: Tom Hanks, Tim Allen, Don Rickles
SINOPSE:
Quando as pessoas não estão olhando, os brinquedos param de fingir, ganham vida e interagem entre si, armando mil confusões e situações engraçadíssimas.

Nesse ambiente, Woody, um cowboy de brinquedo fica enciumado quando um novo boneco, o moderno espacial Buzz Lightyear passa a fazer parte do grupo. Na confusão que se segue, eles dois se perdem na cidade e precisam voltar para seu dono, o menino Andy.

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Magia pura, é o que temos nesse espetacular e ultra divertido filme de animação. É perfeição em cima de perfeição.

Nota 10 em roteiro, ritmo, visual soberbo, muita comédia e emoções, pontuadas pelos muitos personagens, praticamente todos carismáticos. É impressionante o que os produtores conseguiram fazer aqui.

Tudo teve início com o animador genial JOHN LASSETER, mas quem queria um filme assim e forçou a barra foi o lendário Steve Jobs, o visionário fundador da Apple, que se auto definia como um navegador dos limites entre a arte e a tecnologia.

Foi ele que ajudou a empresa Pixar a se consolidar como a grande criadora de animações computadorizadas, cada uma melhor que a outra.

NOTA 10




Toy Story 2

Animação, Aventura, Comédia
País: EUA - 1999
Diretor: John Lasseter, Ash Brannon
Com: Tom Hanks, Tim Allen, Joan Cusack, Don Rickles
SINOPSE:

Um trambiqueiro aproveita a chance e rouba o boneco Woody, para vender à colecionadores no Japão que estão dispostos a pagar uma fortuna para completar uma coleção.


Assim inicia-se uma heroica operação resgate, onde os brinquedos amigos de Woody vão em seu encalço, em meio a impagáveis situações de comédia e aventura.


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Por mais difícil que pudesse parecer, a Pixar conseguiu uma continuação que, se não supera o original, rivaliza em roteiro, graça, diversão e genialidade.

Especialmente tocante é a cena da personagem cowgirl, quando em flash-back nos conta como foi abandonada, enquanto uma bela música nos embala. É difícil conter a lágrima.


Recomendadíssimo para todas as idades, não dá para não rever de vez em quando.

NOTA 10
Toy Story 3
Animação, Aventura, Comédia
País: EUA - 2010
Diretor: Lee Unrich
Com: Tom Hanks, Tim Allen, Joan Cusack, Don Rickles, Ned Beatty, Michael Keaton
SINOPSE:
O grupo de brinquedos está preocupado, pois Andy cresceu e vai para a faculdade. Num momento de confusão, o grupo é doado a uma violenta creche de bebês destruidores de brinquedos.

Dessa vez, é Woody que precisa resgatar seus amigos. Mas mesmo que consiga, o clima está sombrio, com a perspectiva de não terem mais quem os ame ou mesmo brinque.

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Além de manterem o pique, os produtores capricharam na elaboração dos personagens, inclusive dos vários novos.

Os roteiristas conseguem captar sutilezas que enriquecem as relações entre os personagens. O resultado é acima do normal.

Os caras são bons mesmo! Destaco a cena final entre Andy e a menininha, que é incrivelmente emocionante.

Com os computadores mais evoluídos, a técnica de animação está muito melhor. Salta aos olhos! Dá para perceber pelos detalhes e movimentos, além das luzes e brilhos mais caprichados.

Realmente não há mais limite algum para a computação gráfica.
NOTA 10

POUCAS TRILOGIAS SERÃO TÃO ESPECIAIS QUANTO ESSA

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RESENHA: OS LADRÕES


Os Ladrões - Le Casse - The Burglar
Policial, Aventura, Ação

País: França, Itália - 1971
Diretor: Henri Verneuil
Com Jean-Paul Belmondo, Omar Sharif, Dyan Cannon

SINOPSE:
Um pequeno grupo de ladrões, liderados por Azad (Jean-Paul Belmondo, sou um grande fã) rouba uma fortuna em esmeraldas e tenta
fugir do país, mas um chefe de polícia corrupto (Omar Sharif) os persegue, exigindo todo o produto do roubo.

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Refilmagem do filme dos anos 50 THE BURGLAR.

Um filme divertidíssimo, recheado de boas cenas, cheias de criatividade, uma atrás da outra.

Aqui temos de tudo. De início, a longa e genial sequência do roubo, montada praticamente sem diálogos.

Depois temos uma das melhores cenas de perseguição de carros (na época a mais longa), não deixando a dever às que vieram
depois, como Bullit, Operação França, franquia Bourne, etc...

É simplesmente hipnótica, aliás como várias outras cenas do filme.

Eu não sei exatamente porque, mas o estilo do Henri Verneuil é meio devagar, mas no bom sentido. Parece que é para curtirmos cada segundo filmado, por saber que é muito bom, sei lá.

Outra cena empolgante é a fuga de Azad do hotel cercado por dezenas de policiais.

Ver ele correndo pelo meio do trânsito, pulando sobre os carros, se pendurando nos ônibus, e sendo lançado do alto de um morro por um caminhão cheio de cascalhos, tudo sem dublê, é inesquecível!

Sempre que pode, Jean-Paul arruma uma desculpa para fazer as cenas de ação e perigo, incluindo as ótimas lutas.

O cara é da linhagem de Harold Lloyd e Jackie Chan, só que meio canalha.

ADORO ESSE FILME! Será que acho em Blu-ray?

Nota 10

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quarta-feira, 22 de maio de 2013

RESENHA: STEVE JOBS, GÊNIO E BABACA




Terminei de ler STEVE JOBS, A BIOGRAFIA, de WALTER ISAACSON, e gostei bastante.

Geralmente eu gosto de biografias, então até aí morreu neves... Mas essa é bastante fiel à realidade, e não foi feita para endeusar Jobs, muito pelo contrário. Aliás, é no próprio livro que lemos o termo "babaca", aplicável ao próprio. É provável que isso vá irritar alguns "Appholes" (Fãs babacas da Apple).

Eu sempre simpatizei tanto com Jobs quanto a Bill Gates, e não sou nenhum "Applefag" ou "Windowsfag", pois não vejo o mundo em preto e branco, portanto, gosto e uso tecnologias de ambas as empresas, e escrevo de maneira imparcial.

Resumindo, fica óbvio que o cara não era comum. Ele tinha um ímpeto tão poderoso, que nada poderia se interpor entre ele e seus objetivos. Sofriam mais os que fracassavam com ele.

Ele fez questão de ser um "self-made-man" que combina uma alma de grande artista e de grande empreendedor, sem paciência alguma com um "reles mortal". A religião dele era ele mesmo!

Mas ele não era um "Professor Pardal", que inventava tudo, meio McGyver, como eu pensava. Seu estilo está mais para um agregador de talentos, como um maestro a exigir o máximo desempenho de quem está ao seu redor.

Ele meio que encasquetava com uma idéia, um querer, e como um bebê birrento e mimado, queria porque queria que dessem um jeito. No final ele queria ver aquilo pronto.

Ele usava sua conhecida "realidade alterada" com coisas até então impossíveis, e no final, ele geralmente estava certo, sendo que no processo, praticamente torturava todos ao redor com sua determinação.

Assim, maravilhosos produtos quase mágicos, saíram do limbo para a realidade, deixando os mercados loucos, correndo atrás de suas inovações. E foi assim o Apple I, Apple II, Macintosh, I-Pod, I-Phone, I-Pad, etc...

Pela web afora, podemos ler sobre o perfil psicológico de Jobs em mais de um site.

Parece que o fato de ele ter sido adotado, criou nele um forte sentimento de rejeição por ter sido “abandonado”.

Não esconderam dele que seus pais eram outros, mas tem uma passagem quando criança, que ele conta que uma vez entrou em casa correndo e chorando quando uma menininha, ao saber que ele era adotado, exclamou:

- “Então isso significa que seus pais verdadeiros não queriam você?” (PUUUTZ!)

Seus pais adotivos precisaram apagar o incêndio, e ficaram repetindo com bastante ênfase:

- “Nós escolhemos especificamente você" (COITADO DO MOLEQUE!)

Como no livro diz: "Abandonado. Escolhido. Especial" (MARCAS INDELÉVEIS)

Ele ficou com uma enorme cicatriz em seu ser, que o pressionava, e isso provavelmente ajudou a gerar nele uma energia contrária que o motivou pra sempre.

Era como se ele quisesse mostrar a todos, que seus antigos pais não sabiam o que estavam perdendo ao não ficarem com ele. Ele no início, meio que montou sua vida para crescer e dar um gigantesco "BEM FEITO! VIU? SOU O MAIOR, E VOCÊS ME PERDERAM".

Claro que isso tudo a nível sub-inconsciente, e quando ficou adulto, essa poderosa impulsão se amalgamou em seu ser como sendo de sua natureza normal, que é o que normalmente ocorre a todos nós, pois é assim que nos formamos.

Isso explica porque ele era tão implacável, e atropelava a tudo e a todos sem piedade pela execução de suas idéias.

Vários entrevistados deram vários exemplos de como ele chegava mesmo a ser mau, ao espezinhar quem ele achava ser incompetente... O cara parecia não ter empatia por ninguém (ou era mau mesmo, apesar de genial)

Com certeza, o Steve Wozniac, o verdadeiro McGyver genial que bolou os primeiros Apple 1 e 2 (ele queria dar, mas Jobs o convenceu a vender, PODE?) que era um cara muito mais bacana, praticamente o outro lado da moeda de Jobs, se afastou da empresa para não ficar conivente com o estilo violento do arretado gênio.

Aliás, eu queria voltar a debater com alguns amigos meus, que anos atrás me detonavam por tentar explicar que o mundo não era preto e branco, e Jobs não era deus e Bill Gates não era o diabo.

Eu ouvi muito argumento assim:
-"Eu tenho ética, cara, então sou contra o Rwindows e a favor da Apple. Bill era safado, Steve era gênio e nunca roubou nada"

E eu dizia que era uma posição exagerada, e tal... muito simplista rotular assim e separar as coisas assim.

Agora, quem leu a biografia vai ver que Steve Jobs estava longe de ser santo, e que mesmo chegou a elogiar Bill Gates, para horror dos fanáticos.

É aquela história: Os fãs saem na pancada e suas celebridades não estão nem aí.

Essa biografia é leitura recomendadíssima para aqueles que querem conhecer os bastidores da informática, etc...

Eu terminei o livro com um sentimento empolgante. Em mim ficou um efeito inesperado, que me dá uma vontade danada de trabalhar naquelas condições de pressão e de criação, num grupo de ótimos profissionais, se reunindo e rachando a cuca para criar produtos revolucionários. DEVE SER O MÁXIMO!

Descanse em paz, magnífico rebelde, gênio, visionário, mau e de gosto apurado... O mundo precisa de muitos mais como você... porém em versão menos babaca.


Algumas Citações de Steve Jobs que gostei:
Minha paixão foi construir uma empresa duradoura, onde as pessoas se sentissem incentivadas a fabricar grandes produtos. Tudo o mais era secundário. Claro, foi ótimo ganhar dinheiro, porque era isso que nos permitia fazer grandes produtos. Mas os produtos, não o lucro, eram a motivação. Sculley inverteu essas prioridades, de modo que o objetivo passou a ser ganhar dinheiro. É uma diferença sutil, mas acaba significando tudo: as pessoas que são contratadas, quem é promovido, o que se discute nas reuniões.

Alguns dizem: “Dêem aos consumidores o que eles querem”. Não é assim que eu penso. Nossa tarefa é descobrir o que eles vão querer antes de quererem. Acho que Henry Ford disse certa vez: “Se eu perguntasse aos consumidores o que queriam, eles teriam dito: ‘Um cavalo mais rápido!’”. As pessoas não sabem o que querem até que a gente mostre a elas. É por isso que nunca recorro a pesquisas de mercado. Nossa tarefa é ler coisas que ainda não foram impressas.



Edwin Land, da Polaroid, falava sobre a interseção das humanidades com a ciência. Gosto dessa interseção. Há qualquer coisa de mágico aí.



Grandes artistas e grandes engenheiros são parecidos, no sentido de que ambos desejam expressar-se



É fácil atirar pedras na Microsoft. Eles claramente perderam o
domínio que tinham. Tornaram-se muito irrelevantes. Mas, apesar disso, sei valorizar o que fizeram, e como foi duro. Eram muito bons no lado comercial. Nunca foram ambiciosos no que diz respeito aos produtos, como deveriam ter sido. Bill gosta de se apresentar como homem de produtos, mas não é. Ele é homem de comércio. O sucesso comercial era mais importante do que fazer grandes produtos. Ele acabou se tornando o sujeito mais rico que existe e, se esse era seu objetivo, conseguiu o que queria. Mas nunca foi o meu, e tenho dúvida se, afinal, era o dele.

Admiro-o pela empresa que construiu — é impressionante — e gostei de trabalhar com ele. É um homem brilhante e tem um bom senso de humor.

Mas a Microsoft nunca teve as humanidades e as artes liberais em
seu dna. Mesmo quando viram o Mac, não conseguiram copiá-lo direito.

Simplesmente não entenderam.

(Edecildo: Isso porque a empresa Microsoft tinha uma visão "mais nerd", era uma empresa que queria que as coisas funcionassem, Já a Apple tinha uma visão artística, e para essa visão, somente funcionar era pouco. O design mandava mais.)



Não acho que eu gerencio espezinhando as pessoas, mas se algo não presta eu digo na cara. Minha tarefa é ser honesto. Sei do que estou falando e quase sempre tenho razão. Essa é a cultura que tentei criar.


Somos brutalmente honestos uns com os outros, e qualquer pessoa pode dizer que sou um grande merda e eu também posso dizer-lhe o mesmo.


Tivemos algumas discussões acaloradíssimas, em que berramos uns com os outros, e foram alguns dos melhores momentos que vivi. Sinto-me completamente à vontade para dizer: “Ron, essa loja está uma bosta” na frente de todo mundo. Ou posso dizer: “Minha nossa, nós realmente fizemos uma cagada com a engenharia disto aqui”, na frente da pessoa responsável.


É a condição para estar na sala: ter a capacidade de ser super honesto.


Não inventei a língua ou a matemática que uso. Preparo pouco da comida que como, e nenhuma das roupas que visto. Tudo
que faço depende de outros membros da nossa espécie e dos ombros sobre os quais ficamos em pé. E muitos de nós querem dar uma contribuição para nossa espécie também e acrescentar alguma coisa ao fluxo. Tem a ver com tentar expressar algo da única maneira que a maioria de nós é capaz de fazer — porque não somos capazes de escrever as canções de Bob Dylan, ou as peças de Tom Stoppard. Tentamos usar os talentos que temos para expressar nossos sentimentos profundos, para mostrar nosso apreço por todas as contribuições feitas antes de nós e para acrescentar algo ao fluxo. Foi isso que me motivou.

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quinta-feira, 2 de maio de 2013

RESENHA: VIDA DE INSETO



Vida de Inseto/A Bugs´Life
Animação, Aventura, Comédia
Diretor: John Lasseter, Andrew Stanton, EUA, 1998.
Com Dave Folely,Kevin Spacey


Flik, uma formiga que pensa diferente, e por isso é considerado meio estranho, condena todo o formigueiro a ser punido por uma gangue de selvagens e assustadores gafanhotos, ao destruir sem querer o "tributo" obrigatório de comida.

O prazo está acabando, e sem esperanças, ele parte para buscar ajuda para lutar contra seus violentos opressores, que com certeza vão cometer muitas barbáries, se não forem atendidos.

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ESPETACULAR, é a melhor palavra para definir essa maravilha da animação. O roteiro é o melhor de tudo, e isso não é dizer pouco, já que o desenho é extremamente lindo, recheado de imagens soberbas, uma proeza para a época.

O argumento é meio do tipo "Os Sete Samurais", onde uma vila é oprimida por ladrões e o o povo precisa de alguma solução, qualquer ajuda que seja, devido ao desespero.

A história prende mesmo, e até o final ficamos "sofrendo" junto aos protagonistas, numa ansiedade só. Poucos filmes conseguem manter o espectador tão atentos. Uma aula de como contar uma boa história.

O filme é recheado também de muitos personagens inesquecíveis, muito bem representados em suas formas insectóides, principalmente o grupo do circo, super diversificado.

Engana-se quem acha que é apenas um desenho infantil. Na verdade todas as idades vão se divertir com a grande aventura, tão bem escrita, tão bem realizada, verdadeiro épico!

Está na minha lista de animações favoritas.

Para se ver e rever, com os netos ou com os avós...

Nota 10

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RESENHA: AKIRA (HQ, DESENHO E FILME)




AKIRA - de Katsuhiro Otomo
Corria a década de 90, e eu vi uma propaganda sobre uma animação japonesa, onde o trailer mostrava uma batalha de gangues motorizadas, em velocidade vertiginosa, o pau comendo solto, aparentemente de uma violência jamais vista num desenho.

O desenho era AKIRA, de Katsuhiro Otomo, de 1988, baseado num longo mangá de sucesso.

Eu fiquei fissurado, e terminei alugando uma fita VHS, e fiquei doido!!!!

Além de muita ação, do tipo realista, a história era complexa e envolvia um futuro detonado, onde uma obscura Tóquio semidestruída era mostrada com uma gigantesca cicatriz, uma enorme cratera de impacto nuclear..

Tinha um negócio de experiências militares com crianças cobaias desenvolvendo poderes telecinéticos, tinha revoltas populares com quebra-quebra e porradaria generalizada, muita destruição e mistério acerca de um paranormal chamado Akira que não podia despertar de jeito nenhum, de tão perigoso que era.

Deu logo para ver que tudo era novidade. As concepções de Otomo eram bastante arrojadas. O cara conseguiu só nessa obra prima, lançar diversas imagens ícones, que jamais sairão da memória do fã. e ainda fez escola.

Obviamente virei fã, e quando a revista chegou no Brasil, era em muitos números, e eu nunca consegui acompanhar. Era uma era sem internet, e as citações eram bastante esparsas.

Durante alguns anos, nada foi publicado aqui, enquanto aguardavam sair no Japão. Isso tudo porque aqui saia logo em grossos volumes, e lá era de 20 em 20 páginas... Aí ficou difícil colecionar.

Terminei me desfazendo dos que eu tinha, e achei que um dia tudo sairia de novo em volumões. Mas me enganei, e fiquei sem...

Muitos anos depois, com o advento da internet, consegui os 38 volumes encadernados, e via tablet, finalmente consegui ler tudo.

Logo vi que a hq era beeem diferente do desenho. Tinha mais personagens e um maior desenrolar de situações e batalhas. Aliás, teve uma hora que até achei demais tanta perseguição, tanta pancadaria. Realmente o desenho é muito bem vindo, enxugando tanto exagero (e olha que ainda sobrou bastante, he he he)

A arte é exuberante! Dá pra ver que deu o maior trabalhão desenhar tanta coisa! Dá gosto ficar nem que seja só folheando, mesmo depois de ter lido.

Nesse momento que escrevo essa resenha, estou sabendo que estão produzindo um filme com atores, numa nova adaptação.

As legiões de fãs estão curiosas e alguns preocupados em que estraguem a maravilhosa saga. Eu fico tranqüilo, pois acho que vale a pena a "tentativa". Quem sabe? Se cair nas mãos de um Peter Jackson ou James Cameron da vida...

Aliás, se eu pudesse sugerir, imagino que podiam fazer uma trilogia, tentando mostrar tudo o que tem na hq... quem sabe?

Seria o maior filme apocalíptico de todos os tempos!!!!

Afinal, seria a melhor homenagem ao gênio do criador Katsuhiro Otomo.

Quando o filme sair, voltarei aqui para mais umas tecladas...

Nota 10, para o conjunto da obra...