quinta-feira, 24 de janeiro de 2013

RESENHA: KEN PARKER 59 - OS GAROTOS DE DONOVAN



SINOPSE:
Convalescendo de seu ferimento da aventura anterior, Ken Parker é tratado por um grupo de meninos que formam uma quadrilha de ladrões que agem pela cidade roubando e aplicando pequenos golpes.

Enquanto isso, os agentes fecham o cerco ao nosso herói, que aparentemente não tem mais escapatória.

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Uma trama de contornos trágicos, nos moldes das aventuras de Tom Sawer ou Huck Finn, de Mark Twain, mostrando que a miséria e a violência das cidades produzem um tipo de sobrevivente que não tem muita chance de desenvolver um caráter ilibado, já que é "pegar ou largar" a vida, ou ser "tomado de assalto", tentando.

Muitos personagens marcantes, sendo sempre impressionante a quantidade de personalidades diferentes e inesquecíveis que aparecem nas histórias de Berardi, sem se repetir.

Nesse capitulo 59, encerra-se a "saga clássica" de Ken Parker...

NOTA 8

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RESENHA: KEN PARKER 58 - GREVE



SINOPSE:
Infiltrado para capturar agitadores numa indústria têxtil, Ken Parker se envolve com os diversos personagens que, longe de serem meros baderneiros, apenas lutam para evitar a exploração e a miséria.

Aos poucos, fatores incontroláveis direcionam a trama a um desfecho trágico.

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Praticamente uma denúncia de como é fácil o mais fraco ser esmagado pelo mais forte, mesmo em ambiente dito civilizado.

Aqui vemos um tipo de escravidão que até hoje existe pelos países afora, nos dando a perspectiva de quanto se precisa evoluir ainda as relações trabalhistas.

É claro que naqueles tempos a coisa era pior, mas ainda nos dias de hoje, certamente muitos leitores já testemunharam pela mídia (e até ao vivo) a abusos semelhantes.

NOTA 9

RESENHA: KEN PARKER 57 - SICÁRIO



SINOPSE:
Dando continuidade a sua nova profissão de agente, Ken Parker se envolve num caso onde um crime encomendado esconde vários segredos.

Aqui temos um vilão realmente possível, mas que não fica à altura de muitos outros da saga "kemparkeriana". Mas temos alguns personagens marcantes, e algumas surpresas medianas dão o tom realista do episódio, um tanto quanto comum, se comparamos com a maioria. 

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Ken Parker foi criado por G.Berardi para que nós, leitores contemporâneos, nos sintamos transportados para um ambiente que simula um western de cores realísticas. E consegue ser bem sucedido, já que para o leitor que se entrega à história, a imersão é total, e produz na memória uma gravação quase indistinta da experiência real.

Esse talento de engendrar roteiros carregados de aventura e humanismo, sem estereótipos, sem cartas marcadas e em "dejá vir", desperta em nossa mente uma paisagem nítida difícil de esquecer, parecendo até que testemunhamos os acontecimentos.

A única explicação possível é que estamos diante de um escritor como poucos, um artífice de muita sensibilidade, muita imaginação e obviamente muito culto, que conhece profundamente a vida e a alma humana, e que adora escrever e mostrar/compartilhar suas ideias ao mundo, ou seja: Um gênio ímpar.

NOTA 7

RESENHA: KEN PARKER 56 - A PROPÓSITO DE JÓIAS E TRAPAÇAS



SINOPSE:
Enquanto Ken parker faz a segurança de um rico texano, Um golpista muito conhecido de Ken Parker passa a agir na cidade de Boston.

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A volta do simpático salafrário. Sim, o mesmo trambiqueiro de HISTÓRIA DE ARMAS E TRAPAÇAS (ep.20) volta a desafiar Ken Parker.

Momentos de diversão garantida, enquanto acompanhamos sempre a um passo atrás do esperto ladrão.

No Brasil, a partir desse número, a editora Tapejara continuou com a "saga kenparkeriana" do ponto que a Best News parou.

NOTA 8



RESENHA: KEN PARKER 55 - ASSALTO À LUZ DO DIA



SINOPSE:
Em sua nova vida na cidade, Ken Parker trabalha para uma agência de segurança, e precisa descobrir os responsáveis por um ousado assalto.

Devido à sua grande perspicácia, nosso herói se vira muito bem nesse novo ambiente.

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Uma típica história de detetive investigativo, com um atípico Ken Parker urbano em plena Boston movimentadíssima. Muitos detalhes tornam a trama realista até demais.

Esse foi o segundo e último capítulo editado pela Best News... (Como uma revista de tamanha qualidade pode não dar certo? Carece o país de leitores de bom gosto?)

NOTA 7

RESENHA: KEN PARKER 54 - BOSTON



SINOPSE:
Viajando para Boston de trem para ver seu filho Teba, Ken Parker se vê às voltas com um assassinato e um roubo misterioso, enquanto se une a vários detetives famosos para solucionar o caso.

Porém, somente em Boston, depois de reencontrar o filho é que assistimos ao desenlace do mistério.

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Um dos mais divertidos episódios da saga de Ken Parker, além de ser um dos mais atípicos.

Em toda primeira parte, que se estende por mais da metade da história, temos um "crime no expresso" típico, com direito a participações especialíssimas de famosos detetives da literatura, como Sherlock Holmes, Hercule Poirot, Lance Vance, Arsene Lupin...

A atmosfera é de homenagem às grandes histórias de detetive. O resultado ficou muito bom mesmo!

Já perto do final, depois da chegada em Boston, temos um momento muito emocionante, quando do encontro com nosso herói com o filho. Sem nenhuma vergonha de admitir, eu precisei engasgar umas três vezes para segurar o nó da garganta, tal a maneira tocante que o genial Berardi nos apresenta os rumos da trama.

Mais no finalzinho, uma volta ao mundo romântico, com direito até a uma homenagem ao filme do gorila King Kong!!! TUDO ISSO NUMA HISTÓRIA DE 100 PÁGINAS!!! 

A imaginação de Berardi é realmente prodigiosa! Dá para perceber que ele tem um verdadeiro emulador de realidade dentro da cabeça, onde qual um enxadrista, pode guiar seus complexos movimentos de personagens.

NOTA 10

RESENHA: KEN PARKER 53 - OS PIONEIROS



SINOPSE:
Durante uma tempestade de areia, Ken Parker resgata um homem moribundo que havia perdido o cavalo, e o leva a sua fazenda, onde se abriga por uns dias.

Nesse tempo, ele dá valiosa ajuda para aquela família sobreviver em meio tão hostil, devido à seca impiedosa.

Como agente complicador, Ken se vê atraído pela esposa de seu novo amigo, verificando que a atração é mútua.

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Uma história realmente tocante, onde o fator humano é superdimensionado através da tragédia da seca, causadora de necessidades imperiosas para as famílias locais.

Aqui vemos paralelos com o clássico filme "SHANE" (Os Brutos Também Amam), devido ao relacionamento do forasteiro que cativa ao pai, a mãe e ao menino, filho do casal.

Muitas passagens realistas e inesquecíveis para o leitor sensível ao universo humano. Mais um clássico para Berardi.

Curiosidade: Foi o último número editado pela falida Editora Vecchi, deixando a todos os fãs uma espera de 7 anos até outra editora (Best News) voltar a publicar do ponto em que a coleção parou.

NOTA 9