quarta-feira, 16 de abril de 2014

RESENHA:MADRUGADA DOS MORTOS - DAWN OF DEAD - 2004

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MADRUGADA DOS MORTOS - DAWN OF DEAD - 2004

SINOPSE
Sem o menor aviso, uma rápida praga de zumbis velozes se espalha pela cidade.

O canibalismo se propaga rapidamente, quando mortos corredores infectam vivos, que morrem e renascem canibais também. A população está sendo dizimada! É um apocalipse zumbi, dos piores já imaginados!

ZUMBIS CORREDORES! O QUE PODE SER MAIS HORRÍVEL?

Diante do caos total, diversos personagens se unem para que haja alguma chance de sobrevivência contra a horda demoníaca de comedores de carne.

Para isso, se refugiam num shopping center, fortificando-o e traçando um plano de fuga.

Mas a coisa se complica...

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Um grande filme feito por Zack Snyder, que considero um ótimo diretor, tão visionário quanto criativo, autor de obras que adoro, como "300, WATCHMEN, SUCKER PUNCH, MAN OF STEEL...", e não dá para saber onde o cara vai parar...

MADRUGADA DOS MORTOS é uma refilmagem do também ótimo ZUMBI, O DESPERTAR DOS MORTOS (DAWN OF THE DEAD) de 1975, dirigido pelo mestre do horror GEORGE A. ROMERO.


Lembrando que o filme de 1975 é a continuação do clássico A NOITE DOS MORTOS VIVOS (NIGHT OF THE LIVING DEAD), de 1968, do próprio Romero, que TAMBÉM teve uma refilmagem em 1990 feita por TOM SAVINI com o mesmo título, e parece que vai sair MAIS OUTRA REFILMAGEM EM 2014!!!

O maior problema disso tudo é a grande confusão de filmes e continuações com o mesmo nome.


Aqui nesse remake, vemos zumbis velocistas se não me engano, pela segunda vez, desde EXTERMÍNIO (2002), rompendo com um passado de zumbis lerdos.


Os efeitos são tão bons que chegou a assustar na época do lançamento, principalmente quando dava a impressão que dublês foram realmente atropelados e esmagados.

Agora já nos habituamos com dublês digitais, mas para mim foi um impacto e tanto ver tanto realismo naquelas cenas.
A HORDA FAMINTA!

É facilmente um dos melhores filmes de zumbis já feitos.

Só sei que foi desde esse filme que passei a acompanhar os trabalhos desse diretor maneiro, e até agora não me decepcionei.

NOTA 9

terça-feira, 15 de abril de 2014

RESENHA: GUIA POLITICAMENTE INCORRETO DA HISTÓRIA DO BRASIL



GUIA POLITICAMENTE INCORRETO DA HISTÓRIA DO BRASIL - Leandro Narloch

"É hora de jogar tomates na historiografia politicamente correta.
Este guia reúne histórias que vão diretamente contra ela.
Só erros das vítimas e dos heróis da bondade, só virtudes dos considerados vilões."

Assim Narloch começa o livro em sua contra-capa, já dando o tom do que vem por aí.

"Este livro não quer ser um falso estudo acadêmico, como o daqueles estudiosos, e sim uma provocação.
Uma pequena coletânea de pesquisas históricas sérias, irritantes e desagradáveis, escolhidas com o objetivo de enfurecer um bom número de cidadãos."

Narloch escolhe pontos polêmicos da história do Brasil, que por costume são ensinados de maneira imprecisa, inverídica mesmo e nos mostra a face da verdade, doa a quem doer.

Por exemplo, ele desmascara a idéia do genocídio dos nossos índios, pois considera que eles mais foram incorporados/misturados do que dizimados.

Pelos títulos de alguns capítulos, já podemos ver o nível da polêmica:

REPRODUZIREI APENAS A PONTA DO ICEBERG, APENAS A TÍTULO DE INSTIGAR AO MEU LEITOR A COMPRAR O LIVRO,  E SABOREAR BASTANTE TANTA INFORMAÇÃO PRECIOSA QUE LEANDRO NARLOCH NOS PROPORCIONA.


QUEM MAIS MATOU ÍNDIOS FORAM OS ÍNDIOS

Nesse capítulo, Narloch nos lembra que haviam mais de duzentas culturas diferentes de índios espalhadas pelo território brasileiro. E viviam em constante guerra uns com os outros. A MATANÇA ERA TOTAL!

"Ainda demoraria alguns séculos para essas tribos se reconhecerem na identidade única de índios, um conceito criado pelos europeus. Naquela época, um tupinambá achava um botocudo tão estrangeiro quanto um português. Guerreava contra um tupiniquim com o mesmo gosto com que devorava um jesuíta."

O livro mostra que muitos massacres eram feitos por outros índios que se aliavam aos portugueses. Assim, por exemplo, Tupinambás eliminavam seus antigos rivais, os Tupis. A "fama" de muitos massacres terminou ficando somente com os lusos.

Talvez, haja uma correlação involuntária com os massacres dos brancos ESPANHÓIS, como PIZARRO ou CORTEZ, que esses sim, trucidaram ameríndios no Peru e no México, durante suas covardes conquistas.

Mas não que os portugueses fossem santos...

"Uma frase escrita pela historiadora Maria Regina Celestino de Almeida resume muito bem as guerras indígenas: ”Se os europeus se aproveitaram das dissidências indígenas para fazerem suas guerras de conquista por território, também os índios lançaram mão desse expediente para conseguir seus próprios objetivos”."

Esse interessante trecho fala do "Índio Colonial"

"Muitos historiadores mostram números desoladores sobre o genocídio que os índios sofreram depois da conquista portuguesa. Dizem que a população nativa diminuiu dez, vinte vezes. As tribos passaram mesmo por um esvaziamento, mas não só por causa de doenças e ataques. Costuma-se deixar de fora da conta o índio colonial, aquele que largou a tribo, adotou um nome português e foi compor a conhecida miscigenação brasileira ao lado de brancos, negros e mestiços - e cujos filhos, pouco tempo depois, já não se identificavam como índios."

Mais adiante, o autor nos mostra um vislumbre dessa absorção na seguinte passagem:

"...muitos nativos se mudaram para vilas por iniciativa própria, provavelmente porque se sentiam ameaçados por conflitos com os brancos ou cansados da vida do Paleolítico das aldeias.

Chegavam às dezenas, recebiam uma ajuda inicial do governo e iam trabalhar na propriedade de algum colono.


Afirmam os dois historiadores: Para só citar um exemplo, o governador Lobo da Silva conta que, tão logo tomou posse, ”apareceram vinte e tantos índios silvestres chamados Coropós, Gavelhos e Croás”.


Em virtude das ordens reais, mandou vestir e dar ferramentas. Passados alguns dias, vieram outros trinta ”no mesmo empenho [de serem batizados], informados do bom acolhimento que se fez aos primeiros”.


Se fossem escravizados pelos fazendeiros, os índios poderiam entrar na justiça e requerer a liberdade. Frequentemente ganhavam. A escravidão indígena tinha sido proibida pelo rei dom Pedro segundo de Portugal em 1680, e vetada novamente, um século depois, pelo marquês de Pombal, primeiro-ministro do reino português.


O governador de Minas Gerais entre 1763 e 1768, Luiz Diogo Lobo da Silva, acatava a lei e procurava colocá-la em prática. Em 1764, a índia carijó Leonor, de Ouro Preto, pediu que fosse libertada da fazenda de Domingos de Oliveira.


O colono mantinha a índia, seus três filhos e netos em cativeiro e os tratava a surras. Ela ganhou a causa..."


E por aí vai... muitos outros exemplos interessantíssimos o autor nos disponibiliza.

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Sobre a escravidão, uma série de "revelações": A mais inusitada, que quase ninguém sabe é que NEGROS ESCRAVIZARAM NEGROS! E nem todos os africanos tiveram a infelicidade de ser considerado escravo.

"...No auge de seu poder, o rei africano Kosoko, de Lagos, hoje capital da Nigéria, resolveu dar um presente para três de seus filhos. Mandou-os para uma espécie de intercâmbio estudantil do outro lado do Atlântico, provavelmente de carona num navio negreiro cheio de escravos vendidos pelo pai deles..."

PRÍNCIPES AFRICANOS VINHAM ESTUDAR NO BRASIL

Na Bahia, os irmãos ficaram a cargo de um comerciante amigo do rei. Segundo Benjamin Campbell, cônsul inglês em Lagos, os três ”foram muito bem tratados na Bahia, como se fossem príncipes”.

Voltaram para casa em 28 de agosto de 1850, batizados, com nomes cristãos - Simplício, Lourenço e Camílio - e elogiando a hospitalidade dos brasileiros, viagens assim não foram raras durante a escravidão.


Algumas décadas antes da viagem dos três irmãos, em 1781, o príncipe Guinguin foi carregado por seus súditos ”a bordo de um navio português para ser levado ao Brasil, onde foi educado”, conta Pierre Verger.


”Forneceram-lhe vinte escravos para sua subsistência.”


ZUMBI TINHA ESCRAVOS

"Zumbi, o maior herói negro do Brasil, o homem em cuja data de morte se comemora em muitas cidades do país o Dia da Consciência Negra, mandava capturar escravos de fazendas vizinhas para que eles trabalhassem forçados no Quilombo dos Palmares. Também sequestrava mulheres, raras nas primeiras décadas do Brasil, e executava aqueles que quisessem fugir do quilombo.

Essa informação parece ofender algumas pessoas hoje em dia, a ponto de preferirem omiti-la ou censurá-la, mas na verdade trata-se de um dado óbvio. É claro que Zumbi tinha escravos.


Sabe-se muito pouco sobre ele - cogita-se até que o nome mais correto seja Zambi -, mas é certo que viveu no século 17. E quem viveu próximo do poder no século 17 tinha escravos, sobretudo quem liderava algum povo de influência africana.


Desde a Antiguidade, os humanos guerrearam, conquistaram escravos e muitas vezes venderam os que sobravam. Até o século 19, em Angola e no Congo, de onde veio a maior parte dos africanos que povoaram Palmares, os sobás se valiam de escravos na corte e invadiam povoados vizinhos para capturar gente. O sistema escravocrata só começou a ruir quando o Iluminismo ganhou força na Europa e nos Estados Unidos. Com base na ideia de que todos as pessoas merecem direitos iguais..."

...

"Hoje em dia relacionamos negros e escravos porque a escravidão africana foi a última. Essa relação tem uma história muito recente. Houve um tempo em que escravos lembravam brancos de olhos de azuis."


... e por aí vai...

O SONHO DOS ESCRAVOS ERA TER ESCRAVOS
"O livro Mulheres Negras do Brasil, de Schuma Schumaher e Érico Vital Brazil, foi lançado em 2007 com patrocínio do Banco do Brasil e da Petrobras. Um capítulo da obra trata das mulheres negras livres de Minas Gerais do século 18. O livro reúne belas imagens da época, mas deixa de fora uma informação essencial. Nas vinte páginas sobre as negras mineiras, não há sequer uma menção ao fato mais corriqueiro daquela época: assim que conseguiam economizar para comprar a alforria, o próximo passo de muitas negras era adquirir escravos para si próprias."

... e por aí vai...

"Não há motivo para ativistas do movimento negro fechar os olhos aos escravos que viraram senhores.

Ninguém hoje deve ser responsabilizado pelo que os antepassados distantes fizeram séculos atrás.


Negras forras e ricas podem até ser consideradas heroínas do movimento negro, personagens que ativistas deveriam divulgar com esforço.


Para um brasileiro descendente de africanos, é muito mais gratificante (além de correto) imaginar que seus ancestrais talvez não tenham sido vítimas que sofreram caladas.


Tratar os negros apenas como vítimas indefesas, como afirmou o historiador Manolo Florentino, ”dificulta o processo de identificação social das nossas crianças com aquela figura que está sendo maltratada o tempo todo, sempre faminta, maltrapilha”.


É uma pena que historiadores comprometidos com a causa negra ou patrocinados por estatais escondam esses personagens."


...

Outros capítulos esclarecedores e imperdíveis:

OS PORTUGUESES APRENDERAM COM OS AFRICANOS A COMPRAR ESCRAVOS
SEM A INFLUÊNCIA DO POVO DA INGLATERRA, A ESCRAVIDÃO DURARIA MUITO MAIS


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A seguir vem uma coletânea de "podres" que farão muitos fãs torcerem o nariz para alguns de nossos distintos escritores. TEM COISA DE CAIR O QUEIXO!

PEQUENA COLETÂNEA DE BOBAGENS DOS NOSSOS GRANDES AUTORES

MACHADO DE ASSIS, CENSOR DO IMPÉRIO


JOSÉ DE ALENCAR CONTRA A ABOLIÇÃO


AS TRÊS PAIXÕES DE JORGE AMADO


O FRANGO DE GRACILIANO RAMOS


GILBERTO FREYRE ADMIRAVA A KU KLUX KLAN


GREGÓRIO DE MATOS ERA UM DEDO-DURO


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Depois, um interessantíssimo capítulo, também imperdível, principalmente para amantes do carnaval, onde o autor mostra como o formato atual tem sua origem na ideologia fascista.

SAMBA E FASCISMO

O SAMBA ANTES DO FOLCLORE


O BRASIL NACIONALISTA


O SAMBA DEPOIS DO FOLCLORE


"...Um fenômeno muito parecido com o da folclorização do samba aconteceu com a feijoada.


O prato ganhou a cara de comida dos negros, mesmo tendo pouquíssima influência africana.


Muita gente repete que a feijoada nasceu nas senzalas, criada pelos escravos com feijão e carnes desprezadas na casa-grande.


Eis um daqueles mitos que de tão repetidos se tornam difíceis de derrubar. A feijoada tem origem europeia. Quem diz é o próprio folclorista Câmara Cascudo..."


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A seguir, vem uma interessante sequência de "Como eu devia ter respondido", onde o autor refaz as respostas que deu no tempo de aluno, sobre alguns assuntos. D-I-V-E-R-T-I-D-Í-S-S-I-M-O!

UMA VINGANÇA CONTRA O QUESTIONÁRIO DA ESCOLA

(Não dá para resumir: TEM QUE LER TUDO!)

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em ALEIJADINHO É LITERATURA, um olhar lúcido sobre o culto ao famoso artista, que tem sua arte posta à prova.

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Em QUANTO CUSTA O ACRE? , ficamos sabendo do prejuízo enorme que o estado custa à nação.

E por aí vai...

ALAGOAS É FRUTO DE UM CASTIGO...


E O PARANÁ, TAMBÉM


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Depois, Santos Dumont é "desmascarado" impiedosamente nos capítulos:

ELE NÃO INVENTOU O AVIÃO - NEM O RELÓGIO DE PULSO


O 14-BIS NÃO VOAVA: DAVA PULINHOS



ELE NÃO ERA PACIFISTA



SANTOS DUMONT ERA UM PICARETA?


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Depois, Narloch simplesmente detona a JOSÉ CARLOS PRESTES E SUA FATÍDICA COLUNA PRESTES, revelando inúmeras atrocidades absurdas contra o povo simples das cidadezinhas que eles passavam: matanças, torturas, estupros...

O REVOLUCIONÁRIO TRAPALHÃO

PARA QUE, AFINAL, SERVIA A COLUNA PRESTES?


COMO SABOTAR A PRÓPRIA REBELIÃO


"Outro criminoso da década de 1930 que ganhou a fama de defensor do povo foi Virgulino Ferreira da Silva, o Lampião.


Muitos livros o tratam como um Robin Hood do Sertão - o historiador britânico Eric Hobsbawm, por exemplo, citou Lampião como exemplo de bandido social, aquele que realiza ”uma forma primitiva de protesto” contra a exploração no campo.


Há muito tempo se sabe que o cangaceiro estava mais para o contrário: um defensor dos ricos."


LAMPIÃO É O PAI DO BREGA


ELZA, A OLGA QUE PRESTES MATOU


"Das histórias que compõem a Intentona Comunista de 1935, a mais famosa é a da judia alemã Olga Benário.


Depois de capturada pela polícia brasileira ao lado de Prestes, foi extraditada grávida de sete meses para a Alemanha nazista. Sem a ajuda da diplomacia soviética, que desprezava revolucionários fracassados, morreu seis anos depois, na câmara de gás do campo de concentração de Bernburg.


Menos conhecido, porém igualmente dramático, é o caso de outra jovem a serviço dos comunistas. Elvira Cupello Calônio, que usava o codinome Elza e também era conhecida por Garota, foi executada pelos próprios companheiros em fevereiro de 1936, por causa da insistência de Prestes e provavelmente com a aprovação de Olga.


Elvira ganhou em 2008 uma ótima biografia - Elza, a Garota, do jornalista Sérgio Rodrigues."


"Tanto o jornalista Sérgio Rodrigues quanto William Waack, dois grandes entendedores da história de Elza, disseram, em entrevista por e-mail, que sim, Olga sabia. ”Com toda certeza Olga sabia. Acredito que o Prestes inclusive a consultou. Ele nada fazia sem falar com ela e com o Stuchevski”, diz Waack. ”Olga e Prestes estavam enfiados 24 horas por dia no mesmo aparelho no Méier enquanto rolava o processo”, afirma o jornalista Sérgio Rodrigues."


"Mesmo quando Prestes estava preso pela morte da garota, os comunistas se esforçaram para apagar o caso. No livro O Cavaleiro da Esperança, uma biografia poética de Prestes escrita em 1942, Jorge Amado diz que o caso foi uma mentira criada pela polícia..."


TRÊS COISAS QUE A TORTURA NÃO ESCONDE


l. A GUERRILHA PROVOCOU O ENDURECIMENTO DO REGIME MILITAR


"Em 1959, quando Fidel Castro chegou ao poder em Cuba, mostrou ao mundo que era possível vencer os governos de direita por meio de uma guerrilha pequena e organizada. Esse exemplo avivou os sonhos dos guerrilheiros da América Latina."



"...Os documentos revelam os objetivos de Brizola em relação a esses grupos..."


"...usem mulheres e crianças como escudo humano, para ”acobertar a ação dos G11 da reação policial-militar”; e ainda executem reféns sem compaixão: No caso de derrota do nosso movimento, os reféns deverão ser sumária e imediatamente fuzilados."


"...Um dos mais ativos terroristas daquele ano foi Diógenes Carvalho de Oliveira. De março a dezembro, ele participou de cinco assaltos, três atentados a bomba e uma execução. Em junho, fez parte do grupo que lançou uma caminhonete carregada de dinamite no quartel do Segundo Exército, ao lado do parque do Ibirapuera. A caminhonete atingiu o muro do quartel, matando um soldado e ferindo três.


Em outubro, dois meses antes do AI-5, o capitão Americano Charles Chandler, de 30 anos, foi morto quando saía de casa, no bairro Sumarezinho, em São Paulo. É Diógenes o guerrilheiro mais apontado como o autor dos seis tiros de revólver que mataram o militar americano. A última ação de Diógenes em 1968 foi um assalto a uma casa de armas.


Dois dias depois, os militares aprovaram o AI-5.


Afirma o historiador Marco Antônio Villa:

Argumentam que não havia outro meio de resistir à ditadura, a não ser pela força. Mais um grave equívoco: muitos dos grupos existiam antes de 1964 e outros foram criados logo depois, quando ainda havia espaço democrático (basta ver a ampla atividade cultural de 1964-1968). Ou seja, a opção pela luta armada, o desprezo pela luta política e pela participação no sistema político e a simpatia pelo foquismo guevarista antecedem o AI-5 (dezembro de 1968), quando, de fato, houve o fechamento do regime.

O terrorismo desses pequenos grupos deu munição (sem trocadilho) para o terrorismo de Estado e acabou usado pela extrema-direita como pretexto para justificar o injustificável: a barbárie repressiva.[...]


Conceder-lhes o estatuto histórico de principais responsáveis pela derrocada do regime militar é um absurdo. A luta pela democracia foi travada nos bairros pelos movimentos populares, na defesa da anistia, no movimento estudantil e nos sindicatos."


"Alguém poderá dizer que a reação dos militares ao terrorismo foi exagerada. A ditadura passou um trator de tortura em cima de um punhado de jovens com ideias ingênuas, que dificilmente teriam força para tomar o poder.


Isso pode ser verdade, mas não era seguro pensar assim naquela época. Qualquer notícia de movimentação comunista era um motivo justo de preocupação. A experiência mostrava que poucos guerrilheiros, com a ajuda de partidários infiltrados nas estruturas do Estado, poderiam sim derrubar o governo. E, depois que isso acontecia, era difícil tirá-los de lá.


A guerrilha de Fidel Castro, que derrubou Fulgêncio Batista em 1959, começou três anos antes com um grupo de 81 soldados. Em 1961, dissidentes cubanos tentaram, com apoio dos Estados Unidos, derrubar Fidel invadindo o país pela Baía dos Porcos.


Foram todos presos ou mortos pelos comunistas."



2. OS GUERRILEIROS NÃO LUTAM POR LIBERDADE


"Sempre que se fala dos grupos armados, usam-se as expressões do tipo ”lutavam por liberdade”, ”lutavam contra a ditadura”. Como afirma o jornalista Elio Gaspari no livro A Ditadura Escancarada, ”a luta armada fracassou porque o objetivo final das organizações que a promoveram era transformar o Brasil numa ditadura, talvez socialista, certamente revolucionária. Seu projeto não passava pelo restabelecimento das liberdades democráticas”.


"A Ação Popular, da qual participou José Serra, defendia com todas as letras ”substituir a ditadura da burguesia pela ditadura do proletariado”.



"Basta olhar para os países comunistas de hoje para perceber o que os heróis da luta armada fariam com a gente.


Os cubanos não só se prostituem para comprar sabonetes como aprendem na escola que amor é o que Fidel Castro sente pelo povo.


A China vigia a internet, prende blogueiros indesejáveis e censura até mesmo informações de saúde pública, sobre epidemias e infecções em massa.


Como não houve socialismo no Brasil, nunca saberemos como teria sido o sistema por aqui. Mas podemos imaginar.


Tendo como base todas as experiências comunistas, é razoável pensar que a Amazônia seria uma enorme prisão onde aliados incômodos e inimigos do regime fariam trabalho forçado, como o gulag soviético.


Estudantes arrastariam seus professores para fora da sala de aula e os linchariam, por acharem que eles representavam a velha cultura, como aconteceu durante a Revolução Cultural da China.


Em episódios semelhantes às mortes nas praias cubanas, cidadãos seriam executados depois de flagrados tentando fugir para o Paraguai. Na pior das hipóteses, 21% da população seria exterminada, como fez o Khmer Vermelho no Camboja. Na melhor, burocratas trocariam cargos por sexo e mais de 1% da população seria de espiões, como na Alemanha Oriental."


"Se o Brasil vivesse um regime como o cubano ou o chinês, como sonhavam os guerrilheiros de esquerda, pelo menos mais 88 mil pessoas seriam mortas.


Se a ditadura socialista brasileira matasse 90% menos que a cubana, haveria vinte vezes mais mortos que as vítimas dos militares.


Por fim, se déssemos o azar de ser governados por socialistas mais agressivos, como o ditador Pol Pot, do Camboja, assistiríamos ao maior genocídio do século 20."


POR QUE ELES TORTURAVAM


3. O SONHO ACABOU: QUE BOM


"Mesmo na história do Brasil, em que o comunismo não passou de um plano, é fácil compará-lo a uma religião. As organizações deixaram à mostra o fato de serem muito parecidas com religiões ou seitas radicais.


Diversas tinham rituais de iniciação, como batismos, baseados na idolatria fanática a personagens míticos. A cartilha dos Grupos de Onze, aqueles que Leonel Brizola propagandeava na rádio, propunha um ritual de iniciação em que os participantes deveriam ”proceder à leitura solene, com todos os onze companheiros de pé, do texto da ata e da carta-testamento do presidente Getúlio Vargas”.


Depois da leitura da carta, os novos membros teriam que escrever seu nome abaixo da assinatura do presidente suicida. Comprometiam-se a dar vida pelo país assim como fez Getúlio Vargas."


"Deposto pelo golpe de 1964, o presidente João Goulart ganhou a imagem de homem íntegro que foi impedido pelos militares de fazer um governo honesto. Trata-se só mesmo de uma imagem. Em seus dois anos de governo, Jango deu uma boa força às falcatruas entre o governo e as empreiteiras."


JANGO FAVORECIA EMPREITEIRAS


"quem pegou em armas e arriscou a vida em nome do comunismo estava mais perto do messianismo que da sensatez"


Se o governo e a sociedade brasileira mantiveram o país longe dos comunistas, existe aí um motivo para nos

sentirmos aliviados: o país pôde avançar livre dos perigosos profetas da salvação terrena..."

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Considero O GUIA POLITICAMENTE INCORRETO DA HISTÓRIA DO BRASIL uma pesquisa lúcida de suma importância para a História do Brasil, e acho que deveria ser indicado para TODOS OS ESTUDANTES das escolas.

É um condensado riquíssimo que ajuda a dissipar a neblina comumente presente ao redor de fatos históricos, que só serve a interesses obscuros.

SALVE A HISTÓRIA!

NOTA 10

segunda-feira, 14 de abril de 2014

RESENHA: REC


*REC - 2007
SINOPSE:
Uma jovem repórter e seu câmera, preparam uma matéria para seu programa da madrugada "Enquanto Você Dorme", e desta vez o assunto vai ser acompanhar uma saída do corpo de bombeiros pela cidade.
TÃO BONITINHA... NÃO SABE DE NADA, INOCENTE!
O que não estava nos planos é que o chamado de emergência é para um prédio contaminado com uma estranha doença, onde moradores, a repórter e bombeiros ficam presos, lacrados por fora por agentes do governo, com a intenção de conter a praga contagiosa, que transforma mortos em zumbis canibais assustadores.

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CENAS PERTURBADORAS, COM MUITO SANGUE!

Um filme de zumbi, afinal, mas bem diferente, eficientíssimo no quesito "matar de medo o espectador", deixando bem claro que "não está para brincadeiras".


NÃO TEM SANTO QUE POSSA AJUDAR!
O formato "câmera na mão" usado, funciona muito bem em filmes de suspense, conforme vimos em "A BRUXA DE BLAIR" ou "CLOVEFIELD-FILME DE MONSTRO", e até mesmo a variante "ATIVIDADE PARANORMAL", com câmeras de vigilância.


ALGUMAS COISAS NUNCA DEVERIAM SER VISTAS POR OLHOS SÃOS
O filme é extremamente angustiante, cheio de cenas no escuro, e para muitos, insuportável de assistir até o final sem fechar os olhos.

É o maior desespero que se possa imaginar... Como filme de terror, cumpre o que promete, e com louvor!


SANGUE AOS BORBOTÕES!

Virou um de meus filmes de terror favorito, inclusive a parte 2, que também assusta!

Soube que tem refilmagem americana, Quarentena. Assistirei e resenharei, se for recomendado.

NOTA 9

quinta-feira, 3 de abril de 2014

RESENHA: O EXTERMINADOR DO FUTURO - A SALVAÇÃO - 2009

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O EXTERMINADOR DO FUTURO - A SALVAÇÃO - TERMINATOR SALVATION - 2009

SINOPSE:
Pouco antes do Dia do Julgamento, quando a terra é devastada pelo ataque das máquinas rebeladas, Marcus, um prisioneiro condenado a morte por assassinato doa seu corpo para a ciência.

Desse modo, a empresa Cyberdine, que um dia causaria a guerra contra as máquinas, usa o corpo doado para experiências cibernéticas secretas.



Com o passar dos anos, quando a raça humana, já dizimada, luta pela sobrevivência num mundo dominado por máquinas assassinas, o líder John Connor, que vimos garoto em "EXTERMINADOR DO FUTURO 2 - O DIA DO JULGAMENTO", tenta encontrar Kyle Reese (seu pai, conforme vimos no primeiro filme, "EXTERMINADOR DO FUTURO", para realizar um plano ousado contra a rebelião das máquinas.

Ele junta forças com Kyle e o ex prisioneiro Marcus para sabotar a Cyberdine, agora uma fábrica de mortíferas máquinas exterminadoras de homens.

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Quarto filme, até que razoável da celebrada saga dos exterminadores, iniciada pelo grande cineasta James Cameron.

Apesar de muitos torcerem o nariz para esse filme, ele tem algumas qualidades. O que não podemos é compará-lo com os outros, principalmente os dois primeiros, verdadeiras obras primas.



O interessante na temática desse episódio é vermos como John Connor conhece seu futuro pai, Kyle Reese, ainda jovem, que ele por esses anos todos esperou encontrar, orientado pelas mensagens gravadas de sua falecida mãe, Sarah Connor, a heroína dos dois primeiros episódios.
MOTO EXTERMINADORA É UMA IDEIA MUITO MANEIRA!

Nesse quarto episódio, vemos também como John assume o comando da resistência humana na guerra contra a Skynet.

Interessante também é vermos a parceira de John, Kate Connor, que conhecemos no episódio 3 "EXTERMINADOR DO FUTURO 3 - A REBELIÃO DAS MÁQUINAS" como Kate Brewster, a filha do militar que iniciou a produção dos primeiros exterminadores.



Tecnicamente falando, o filme não deixa a desejar, pois é rico em soluções convincentes para diversas passagens fantásticas. Os efeitos especiais são de primeira, e especialmente um deles VAI causar uma grande surpresa, certamente. Não vou contar aqui.


SENSAÇÃO TOTAL, VER A FÁBRICA DOS EXTERMINADORES

Agora aguardo ansiosamente o QUINTO e o SEXTO filme da série, atualmente em produção, e todos com o ARNALDÃO!!!!! Pena que James Cameron parece estar fora...

Nota 6

RESENHA: O EXTERMINADOR DO FUTURO 3 - A REBELIÃO DAS MÁQUINAS - 2003

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O EXTERMINADOR DO FUTURO 3 - A REBELIÃO DAS MÁQUINAS - TERMINATOR 3 - RISE OF THE MACHINES - 2003

SINOPSE:
John Connor (Nick Stahl) vaga anonimamente, sobrevivendo com pequenos trabalhos, evitando ser localizado pelas máquinas do futuro, enquanto aguarda os próximos acontecimentos referente a algum sinal de hecatombe nuclear e a revolta das máquinas que ele aprendeu a temer desde os acontecimentos dos dois primeiros filmes.


T-X & T-800

Enquanto isso, um robô em formato de mulher, de nome T-X (Kristanna Loken, lindíssima!) , chega do futuro para eliminar diversos futuros membros importantes da resistência humana, já que não conseguiram matar Jonh até o momento. De quebra, ela simplesmente infecta toda a internet, lançando assim as bases da futura rede maligna pró-máquinas: a Skynet.

O problema é que o destino de John se cruza com um dos alvos, sua futura mulher Kate Brewster (Claire Danes), e a única salvação, como sempre até agora, é um outro robô, modelo T800 (Arnold Schwarzenegger) programado pela resistência do futuro, e enviado a tempo para evitar a matança ao máximo.



Para "surpresa" da bela T-X, ela localiza o alvo primário, John, e uma acirrada perseguição inicia-se, enquanto faltam poucas horas para o início da hecatombe nuclear que mudará o mundo para sempre, dando enorme vantagens ás máquinas.

Mesmo em fuga desesperada, John, Kate e o modelo protetor, T-101 vão tentar destruir a central da Skynet, para quem sabe, salvar milhões da morte certa.

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Eficientíssima continuação da saga dos exterminadores, iniciadas com duas verdadeiras obras primas, feitas pelo visionário James Cameron.

Se proclamando um grande fã da saga, o diretor Jonathan Mostow realiza o que ele mesmo gostaria de ver na tela, e devo confessar que eu também gostei muito do resultado.



Nunca entendi os argumentos de quem não gostou do filme. A história é boa, os atores são ótimos, a ação é ininterrupta, e muito bem feita, os combates são espetaculares e muito bem feitos, com os mais modernos efeitos especiais.


T-X, MAIS PODEROSA, POSSUI VANTAGENS SOBRE O T-800

O filme é "pau dentro" o tempo todo, e tudo justificado pela história, com momentos de porradarias homéricas entre os robôs. Prato cheio para os amantes de filmes de ação.

Devo dizer que a cena da perseguição pelas ruas da cidade, com aquele reboque de mais de cem toneladas praticamente pondo a cidade abaixo, é um dos grandes momentos do cinema de ação de todos os tempos! Eu simplesmente deliro naquela sequência. São "cinco minutos mágicos"...

Eu digo isso, pois somente víamos tal tipo de ação explícita em revistas em quadrinhos, e agora temos a sorte de poder ver em fotorrealismo total. Um deleite para os olhos do fã.


A ELETRIZANTE SEQUÊNCIA DA PERSEGUIÇÃO DO GUINDASTE DESTRUINDO TUDO E MAIS UM POUCO

Para ver e rever por todo o sempre, pois respeitou a saga e merece dela fazer parte.

Nota 8

RESENHA:O EXTERMINADOR DO FUTURO 2 - O DIA DO JULGAMENTO - 1991

BLU-RAY SKYNET EDITION - UMA GRANDE EDIÇÃO. CLIQUE PARA ZOOM

O EXTERMINADOR DO FUTURO 2 - O DIA DO JULGAMENTO - TERMINATOR 2 - THE JUDGEMENT DAY - 1991

SINOPSE:
Sarah Connor (Linda Hamilton), internada num manicômio, revive o pesadelo do exterminador, quando outro robô (Robert Patrick), um T-100 de metal líquido transmorfo, mais avançado e mais mortífero ainda, vem do futuro para eliminar seu filho adolescente, John Connor (Edward Furlong), futuro líder da resistência humana na guerra contra as máquinas.

Um outro ciborgue, o antigo modelo do filme anterior T800 (Arnold Schwarzenegger) é enviado pelo John Connor do futuro para evitar a matança e consequentemente salvar a espécie humana.

VIAJANTE DO TEMPO

Em meio ao conflito, Sarah, John e o T800 tentam destruir todos os dados referente ao chip do exterminador eliminado no primeiro filme.

Esse chip é a tecnologia futurista que acelera o processo de dominação das máquinas no futuro, por isso o empenho para eliminar todos os dados sobre ele, antes do dia do julgamento final em 29 de agosto de 1997, que é quando haverá uma deflagração nuclear generalizada, eliminando quase toda a raça humana, provocada pela Skynet, que é a nossa internet com consciência adquirida.


T-800 EM ENDOESQUELETO

O confronto entre os ciborgues será implacável e violento, causando muita destruição e mortes pela cidade afora.

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Obra-prima de James Cameron, conseguiu a proeza de fazer uma continuação melhor que o filme original, o que parecia impossível.

O filme é quase um remake, mas bastante melhorado, agora que Cameron reuniu condições financeiras ideais, possibilitando assim, uma excelente amarração com o primeiro filme.


RESGATE QUASE IMPOSSÍVEL!

O filme tem um número incomum de cenas antológicas, todas primorosamente concebidas para montar uma obra simplesmente perfeita!

A história é muito bem bolada, e evita absurdos e erros comuns a filmes de ficção-científica, ainda mais envolvendo viagens no tempo.


DETONAÇÃO TERMONUCLEAR

Mesmo que um expectador desavisado assista ao filme sem entender ou gostar de histórias complexas de ficção-científica, ele ficará preso à poltrona pela quantidade generosa de cenas de ação e pirotecnia.

James Cameron colocou o máximo de peripécias possíveis num filme sem cair no exagero, apesar que as cenas em si, cada uma delas, são em sua maioria "over", para deleite dos fãs do cinema de ação.




Os efeitos digitais, caríssimos na época, ainda hoje se sustentam, não entregando em nada a idade de um filme de 1991.

Considero definitiva, a versão estendida do blu-ray, onde muitas cenas relevantes são acrescentadas ao filme, aumentando sua duração em 16 minutos (oba!).


T-1000 MANDANDO BALA!

Nessas cenas extras, vemos Sarah sendo espancada por dois auxiliares médicos, forçando-a a tomar remédio "sossega-leão", vemos também Sarah sonhando/delirando com Kyle Reese, seu grande amor, e pai de John, além de várias cenas a mais de diálogos entre os personagens. 

Mas, uma cena em especial, precisa ser desbloqueada no blu-ray, que é tipo "What if", uma cena de um final alternativo de uns 4 minutos, que invalidaria o terceiro filme da série. Para assistir, digite data do dia do julgamento (29/08/97) no formato inglês: 82997.


T-1000 EXTERMINANDO

Aliás, a versão "Skynet Edition" do blu-ray é uma celebrada edição, recheada de extras, um dos melhores bds já editados, que os fãs guardam em cofres.

NOTA: 11

RESENHA: O EXTERMINADOR DO FUTURO - 1984

LANÇAMENTO DA CAIXA COM OS QUATRO FILMES EM EDIÇÃO BLU-RAY

O EXTERMINADOR DO FUTURO - TERMINATOR - 1984

SINOPSE:
Um robô assassino disfarçado de humano (Arnold Schwarzenegger), é enviado do futuro para eliminar Sarah Connor (Linda Hamilton), futura mãe de John Connor, um líder importante da resistência na guerra contra as máquinas dominantes.

A própria resistência, desesperadamente e a todo custo, envia Kyle Reese (Michael Biehn), um soldado humano para tentar sabotar a missão do robô exterminador e salvar Sarah.


CAPA DO DVD. CLIQUE PARA ZOOM NOS DETALHES

Tendo que escapar da polícia e ainda convencer a própria Sarah daquela história absurda, Kyle precisa lutar contra o impossível.

A partir daí, uma perseguição em forma de pesadelo sem fim tem início, já que o robô é praticamente indestrutível, E NÃO VAI PARAR!

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Um de meus filmes favoritos de todos os tempos! Já vi e revi incontáveis vezes nesses 30 anos desde que ele foi lançado.

Considero um filme perfeito, para todos os gostos.
É para quem só quer saber de ação? Tem aos montes: tiroteios, matanças e sangue para todos os gostos, além de bastante suspense. É para quem curte Ficção Científica? Tem um bom argumento, inteligente e bem amarrado.


O HERÓI KYLE REESE E SARAH CONNOR, MÃE DA RESISTÊNCIA HUMANA

É para quem curte sub-textos e outras complexidades? Podem se esbaldar nos paradoxos temporais, na ideia que rede mundial e os computadores causarão o fim da humanidade, etc.

Antes do TERMINATOR, eu não me lembro de nenhum filme em que o clima fosse tão pesado, como um pesadelo angustiante e desesperançoso.

A música de Brad Fiedel, ajuda bastante a formar esse clima obscuro, com seus tons metálicos e batidas cardíacas sintetizadas.


CIBORGUE EXTERMINADOR MODELO T-800

Aquele final, onde praticamente vivemos o pesadelo contínuo de nunca conseguir se livrar do perigo, é quase doloroso de assistir.

Acho que foi o primeiro filme que explorou esse estilo de enganar a platéia com "vários finais" falsos, artifício que passou a ser copiado por muitos filmes seguintes.


UM FUTURO TENEBROSO, ONDE PESSOAS SÃO IMPLACAVELMENTE CAÇADAS COMO RATOS

O filme usa o tema do futuro pessimista, como Blade Runner, Matrix ou Robocop, onde perdemos o controle de nossa própria criação, chegando ao ponto dessa criação adquirir consciência própria e nos considerar obsoletos. 

Apesar de tudo, James Cameron, roteirista e criador da história, permeia toda a trama com um fio de esperança, onde os personagens continuam bastante íntegros em meio ao caos e desespero.


MENSAGEM PARA O FUTURO

O personagem Kyle Reese foi muito bem montado, e é tocante o quanto James Cameron quis mostrar que mesmo tendo vivido uma vida de privações e muito sofrimento, num futuro violento e miserável, Kyle se mostra super gentil e atencioso, numa doçura contrastante com seus momentos de atitude agressiva. Um herói completo...

Interessante ver nos extras do disco que chegaram a ser filmadas cenas de um plano da Sarah para sabotar a empresa de computadores Cyberdine, futura causadora do desastre humano, mas ficaram fora do filme.

Anos depois, na sequência, TERMINATOR 2, vemos essa cena sem imaginar que Cameron já a tinha tentado inserir no primeiro filme.


T-800 EM AÇÃO

Vemos também nos extras que o chip do robô é recuperado, mas a cena também não vai para a montagem final... Só sabemos disso em TERMINATOR 2, quando a empresa se beneficia da tecnologia futurista.

NOTA: 10

terça-feira, 1 de abril de 2014

RESENHA: ROBOCOP 2 - 1990

CLIQUE NA IMAGEM PARA DAR ZOOM
ROBOCOP 2 - 1990
De Irvin Kershner

SINOPSE:
Robocop cada vez mais se envolve com grupos violentos, que nesse momento, disseminam a nova droga do momento: nuke.

Enquanto isso, a OCP procura novas tecnologias para criar um novo super policial: MK2, o Robocop 2, que para tomar vida, usam o corpo do louco líder dos traficantes de nuke, que logo se rebela e se promove o caos absoluto na cidade, atacando a tudo e a todos, entrando em confronto direto com a policia, e por fim com "Robocop 1"...


MK2, A MÁQUINA DA DESTRUIÇÃO!

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O CÉREBRO DO PERVERSO CAIN: FUTURO CIBORGUE MK2

O filme é espetacular, e muito bem produzido, porém inferior ao primeiro, dando vazão aos efeitos especiais de Phill Tippet, principalmente no terço final, quando temos uma tonelada de cenas de ação, praticamente ininterrupta.

A luta entre os dois Robocops em Stop-Motion é memorável, e constitui o ponto alto do filme para fãs de ação/fantasia.


MK2: QUEBRANDO TUDO!

O policial Murphy, enfim mais sereno e cônscio de sua situação, consegue algum controle sobre seu organismo cibernético, e usa de seus poderes tecnológicos para resolver as questões que surgem.


MK2: SUPERIOR FIRE POWER!

O futuro continua sujo, violento e corrupto, se mantendo fiel ao criado por Paul Verhoeven no primeiro filme, imbatível pelo impacto que causou na época do lançamento.

O grande mérito pelo filme ser tão legal é certamente seu ótimo diretor, o lendário IRVIN KERSHNER, de STAR WARS, EPISÓDIO V - O IMPÉRIO CONTRA-ATACA.

Nota 7

RESENHA: ROBOCOP - O POLICIAL DO FUTURO - 1987

CAPA DO NOVO BLU-RAY, RECHEADO DE EXTRAS

ROBOCOP - O POLICIAL DO FUTURO
De Paul Verhoeven
SINOPSE:
Num futuro próximo e muito violento, onde gangs aterrorizam as ruas, o policial transferido Murphy chega ao distrito em Detroit, e logo é massacrado a tiros pela gangue de Clarence Bodicker.

Antes de morrer, seu corpo destruido é aproveitado num projeto da mega-corporação OCP para policiar as ruas com ciborgues blindados e armados, misturando um sistema nervoso humano sem memória à robôs.



A cidade surpresa, vê uma limpeza sem precedentes nas ruas, onde Robocop faz a limpa em cima de assaltantes, estupradores, loucos e assassinos que infestam a decadente Detroit.

Felizmente, Murphy consegue ir recuperando a memória, e ir em busca de seus assassinos, enquanto desvenda uma trama de corrupção entre os executivos da OCP, e de quebra, precisa enfrentar um robô assassino.



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Um dos melhores filmes dos anos 80, arrojado como o cineasta que o criou, Paul Verhoeven, holandês responsável por outros sucessos, como INSTINTO SELVAGEM, O VINGADOR DO FUTURO E TROPAS ESTELARES. É para respeitar o cara!



O filme é bastante sangrento, como normalmente Paul costuma fazer seus filmes, e tem uma violência exacerbada, exagerada mesmo hoje em dia, sendo perturbador em alguns momentos, mas como dizia o WILSON CUNHA antigamente no saudoso programa CINEMANIA: "Nada que não agrade bastante ao pessoal do quanto pior, melhor".

O clima é de um futuro pessimista e opressor, sujo e corrupto, onde a sociedade é desamparada pelos poderosos, que afinal são coniventes e até mesmo causadores da violência. Hoje em dia vemos que muito já se copiou desse filme.

A maquiagem é espetacular, e os efeitos especiais muito bons, especialmente os que envolvem o robô ED-209, desenvolvido por Phill Tippet em "Stop Motion", a excelente técnica de bonecos fotografados quadro a quadro, que tanto gosto.



Na maquiagem do rosto do Robocop, vemos que a pele do rosto de Murphy é costurada/colada na frente da cabeça metálica, como que para humanizar o ciborgue = (Cib=Cibernetic Org=Organism) = Organismo Cibernético.

ENTÃO ELE NÃO TINHA MAIS A CABEÇA!

Só atentei para o detalhe assistindo os extras do blu-ray, e constatei boquiaberto que muito pouco então foi aproveitado de Murphy, talvez só o cérebro e o sistema nervoso, como ficou evidente em Robocop 2 na cena em que vemos os despojos neurais do bandido Cain antes de o montarem como ciborgue.


BANHO ÁCIDO!

O filme fez tanto sucesso, que além das duas continuações, teve um seriado caça-niqueis ridículo, onde no meio daquele ambiente corrupto e violento, NINGUÉM MORRIA, pois assim podia passar na tv... Eu não aguentei ver nem dois deles...


ED-209, EU ADORO ESSE ROBÔ!

Já a continuação ROBOCOP 2, de Irwin Kershner, é quase tão boa quanto, principalmente por ter ainda mais ação e efeitos.

Sobre ROBOCOP 3, não resenharei, pois somente resenho o que recomendo... Se o assistirem, ao terminar, lembrem dessa frase "EU AVISEI"

NOTA 9