terça-feira, 15 de abril de 2014

RESENHA: GUIA POLITICAMENTE INCORRETO DA HISTÓRIA DO BRASIL



GUIA POLITICAMENTE INCORRETO DA HISTÓRIA DO BRASIL - Leandro Narloch

"É hora de jogar tomates na historiografia politicamente correta.
Este guia reúne histórias que vão diretamente contra ela.
Só erros das vítimas e dos heróis da bondade, só virtudes dos considerados vilões."

Assim Narloch começa o livro em sua contra-capa, já dando o tom do que vem por aí.

"Este livro não quer ser um falso estudo acadêmico, como o daqueles estudiosos, e sim uma provocação.
Uma pequena coletânea de pesquisas históricas sérias, irritantes e desagradáveis, escolhidas com o objetivo de enfurecer um bom número de cidadãos."

Narloch escolhe pontos polêmicos da história do Brasil, que por costume são ensinados de maneira imprecisa, inverídica mesmo e nos mostra a face da verdade, doa a quem doer.

Por exemplo, ele desmascara a idéia do genocídio dos nossos índios, pois considera que eles mais foram incorporados/misturados do que dizimados.

Pelos títulos de alguns capítulos, já podemos ver o nível da polêmica:

REPRODUZIREI APENAS A PONTA DO ICEBERG, APENAS A TÍTULO DE INSTIGAR AO MEU LEITOR A COMPRAR O LIVRO,  E SABOREAR BASTANTE TANTA INFORMAÇÃO PRECIOSA QUE LEANDRO NARLOCH NOS PROPORCIONA.


QUEM MAIS MATOU ÍNDIOS FORAM OS ÍNDIOS

Nesse capítulo, Narloch nos lembra que haviam mais de duzentas culturas diferentes de índios espalhadas pelo território brasileiro. E viviam em constante guerra uns com os outros. A MATANÇA ERA TOTAL!

"Ainda demoraria alguns séculos para essas tribos se reconhecerem na identidade única de índios, um conceito criado pelos europeus. Naquela época, um tupinambá achava um botocudo tão estrangeiro quanto um português. Guerreava contra um tupiniquim com o mesmo gosto com que devorava um jesuíta."

O livro mostra que muitos massacres eram feitos por outros índios que se aliavam aos portugueses. Assim, por exemplo, Tupinambás eliminavam seus antigos rivais, os Tupis. A "fama" de muitos massacres terminou ficando somente com os lusos.

Talvez, haja uma correlação involuntária com os massacres dos brancos ESPANHÓIS, como PIZARRO ou CORTEZ, que esses sim, trucidaram ameríndios no Peru e no México, durante suas covardes conquistas.

Mas não que os portugueses fossem santos...

"Uma frase escrita pela historiadora Maria Regina Celestino de Almeida resume muito bem as guerras indígenas: ”Se os europeus se aproveitaram das dissidências indígenas para fazerem suas guerras de conquista por território, também os índios lançaram mão desse expediente para conseguir seus próprios objetivos”."

Esse interessante trecho fala do "Índio Colonial"

"Muitos historiadores mostram números desoladores sobre o genocídio que os índios sofreram depois da conquista portuguesa. Dizem que a população nativa diminuiu dez, vinte vezes. As tribos passaram mesmo por um esvaziamento, mas não só por causa de doenças e ataques. Costuma-se deixar de fora da conta o índio colonial, aquele que largou a tribo, adotou um nome português e foi compor a conhecida miscigenação brasileira ao lado de brancos, negros e mestiços - e cujos filhos, pouco tempo depois, já não se identificavam como índios."

Mais adiante, o autor nos mostra um vislumbre dessa absorção na seguinte passagem:

"...muitos nativos se mudaram para vilas por iniciativa própria, provavelmente porque se sentiam ameaçados por conflitos com os brancos ou cansados da vida do Paleolítico das aldeias.

Chegavam às dezenas, recebiam uma ajuda inicial do governo e iam trabalhar na propriedade de algum colono.


Afirmam os dois historiadores: Para só citar um exemplo, o governador Lobo da Silva conta que, tão logo tomou posse, ”apareceram vinte e tantos índios silvestres chamados Coropós, Gavelhos e Croás”.


Em virtude das ordens reais, mandou vestir e dar ferramentas. Passados alguns dias, vieram outros trinta ”no mesmo empenho [de serem batizados], informados do bom acolhimento que se fez aos primeiros”.


Se fossem escravizados pelos fazendeiros, os índios poderiam entrar na justiça e requerer a liberdade. Frequentemente ganhavam. A escravidão indígena tinha sido proibida pelo rei dom Pedro segundo de Portugal em 1680, e vetada novamente, um século depois, pelo marquês de Pombal, primeiro-ministro do reino português.


O governador de Minas Gerais entre 1763 e 1768, Luiz Diogo Lobo da Silva, acatava a lei e procurava colocá-la em prática. Em 1764, a índia carijó Leonor, de Ouro Preto, pediu que fosse libertada da fazenda de Domingos de Oliveira.


O colono mantinha a índia, seus três filhos e netos em cativeiro e os tratava a surras. Ela ganhou a causa..."


E por aí vai... muitos outros exemplos interessantíssimos o autor nos disponibiliza.

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Sobre a escravidão, uma série de "revelações": A mais inusitada, que quase ninguém sabe é que NEGROS ESCRAVIZARAM NEGROS! E nem todos os africanos tiveram a infelicidade de ser considerado escravo.

"...No auge de seu poder, o rei africano Kosoko, de Lagos, hoje capital da Nigéria, resolveu dar um presente para três de seus filhos. Mandou-os para uma espécie de intercâmbio estudantil do outro lado do Atlântico, provavelmente de carona num navio negreiro cheio de escravos vendidos pelo pai deles..."

PRÍNCIPES AFRICANOS VINHAM ESTUDAR NO BRASIL

Na Bahia, os irmãos ficaram a cargo de um comerciante amigo do rei. Segundo Benjamin Campbell, cônsul inglês em Lagos, os três ”foram muito bem tratados na Bahia, como se fossem príncipes”.

Voltaram para casa em 28 de agosto de 1850, batizados, com nomes cristãos - Simplício, Lourenço e Camílio - e elogiando a hospitalidade dos brasileiros, viagens assim não foram raras durante a escravidão.


Algumas décadas antes da viagem dos três irmãos, em 1781, o príncipe Guinguin foi carregado por seus súditos ”a bordo de um navio português para ser levado ao Brasil, onde foi educado”, conta Pierre Verger.


”Forneceram-lhe vinte escravos para sua subsistência.”


ZUMBI TINHA ESCRAVOS

"Zumbi, o maior herói negro do Brasil, o homem em cuja data de morte se comemora em muitas cidades do país o Dia da Consciência Negra, mandava capturar escravos de fazendas vizinhas para que eles trabalhassem forçados no Quilombo dos Palmares. Também sequestrava mulheres, raras nas primeiras décadas do Brasil, e executava aqueles que quisessem fugir do quilombo.

Essa informação parece ofender algumas pessoas hoje em dia, a ponto de preferirem omiti-la ou censurá-la, mas na verdade trata-se de um dado óbvio. É claro que Zumbi tinha escravos.


Sabe-se muito pouco sobre ele - cogita-se até que o nome mais correto seja Zambi -, mas é certo que viveu no século 17. E quem viveu próximo do poder no século 17 tinha escravos, sobretudo quem liderava algum povo de influência africana.


Desde a Antiguidade, os humanos guerrearam, conquistaram escravos e muitas vezes venderam os que sobravam. Até o século 19, em Angola e no Congo, de onde veio a maior parte dos africanos que povoaram Palmares, os sobás se valiam de escravos na corte e invadiam povoados vizinhos para capturar gente. O sistema escravocrata só começou a ruir quando o Iluminismo ganhou força na Europa e nos Estados Unidos. Com base na ideia de que todos as pessoas merecem direitos iguais..."

...

"Hoje em dia relacionamos negros e escravos porque a escravidão africana foi a última. Essa relação tem uma história muito recente. Houve um tempo em que escravos lembravam brancos de olhos de azuis."


... e por aí vai...

O SONHO DOS ESCRAVOS ERA TER ESCRAVOS
"O livro Mulheres Negras do Brasil, de Schuma Schumaher e Érico Vital Brazil, foi lançado em 2007 com patrocínio do Banco do Brasil e da Petrobras. Um capítulo da obra trata das mulheres negras livres de Minas Gerais do século 18. O livro reúne belas imagens da época, mas deixa de fora uma informação essencial. Nas vinte páginas sobre as negras mineiras, não há sequer uma menção ao fato mais corriqueiro daquela época: assim que conseguiam economizar para comprar a alforria, o próximo passo de muitas negras era adquirir escravos para si próprias."

... e por aí vai...

"Não há motivo para ativistas do movimento negro fechar os olhos aos escravos que viraram senhores.

Ninguém hoje deve ser responsabilizado pelo que os antepassados distantes fizeram séculos atrás.


Negras forras e ricas podem até ser consideradas heroínas do movimento negro, personagens que ativistas deveriam divulgar com esforço.


Para um brasileiro descendente de africanos, é muito mais gratificante (além de correto) imaginar que seus ancestrais talvez não tenham sido vítimas que sofreram caladas.


Tratar os negros apenas como vítimas indefesas, como afirmou o historiador Manolo Florentino, ”dificulta o processo de identificação social das nossas crianças com aquela figura que está sendo maltratada o tempo todo, sempre faminta, maltrapilha”.


É uma pena que historiadores comprometidos com a causa negra ou patrocinados por estatais escondam esses personagens."


...

Outros capítulos esclarecedores e imperdíveis:

OS PORTUGUESES APRENDERAM COM OS AFRICANOS A COMPRAR ESCRAVOS
SEM A INFLUÊNCIA DO POVO DA INGLATERRA, A ESCRAVIDÃO DURARIA MUITO MAIS


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A seguir vem uma coletânea de "podres" que farão muitos fãs torcerem o nariz para alguns de nossos distintos escritores. TEM COISA DE CAIR O QUEIXO!

PEQUENA COLETÂNEA DE BOBAGENS DOS NOSSOS GRANDES AUTORES

MACHADO DE ASSIS, CENSOR DO IMPÉRIO


JOSÉ DE ALENCAR CONTRA A ABOLIÇÃO


AS TRÊS PAIXÕES DE JORGE AMADO


O FRANGO DE GRACILIANO RAMOS


GILBERTO FREYRE ADMIRAVA A KU KLUX KLAN


GREGÓRIO DE MATOS ERA UM DEDO-DURO


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Depois, um interessantíssimo capítulo, também imperdível, principalmente para amantes do carnaval, onde o autor mostra como o formato atual tem sua origem na ideologia fascista.

SAMBA E FASCISMO

O SAMBA ANTES DO FOLCLORE


O BRASIL NACIONALISTA


O SAMBA DEPOIS DO FOLCLORE


"...Um fenômeno muito parecido com o da folclorização do samba aconteceu com a feijoada.


O prato ganhou a cara de comida dos negros, mesmo tendo pouquíssima influência africana.


Muita gente repete que a feijoada nasceu nas senzalas, criada pelos escravos com feijão e carnes desprezadas na casa-grande.


Eis um daqueles mitos que de tão repetidos se tornam difíceis de derrubar. A feijoada tem origem europeia. Quem diz é o próprio folclorista Câmara Cascudo..."


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A seguir, vem uma interessante sequência de "Como eu devia ter respondido", onde o autor refaz as respostas que deu no tempo de aluno, sobre alguns assuntos. D-I-V-E-R-T-I-D-Í-S-S-I-M-O!

UMA VINGANÇA CONTRA O QUESTIONÁRIO DA ESCOLA

(Não dá para resumir: TEM QUE LER TUDO!)

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em ALEIJADINHO É LITERATURA, um olhar lúcido sobre o culto ao famoso artista, que tem sua arte posta à prova.

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Em QUANTO CUSTA O ACRE? , ficamos sabendo do prejuízo enorme que o estado custa à nação.

E por aí vai...

ALAGOAS É FRUTO DE UM CASTIGO...


E O PARANÁ, TAMBÉM


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Depois, Santos Dumont é "desmascarado" impiedosamente nos capítulos:

ELE NÃO INVENTOU O AVIÃO - NEM O RELÓGIO DE PULSO


O 14-BIS NÃO VOAVA: DAVA PULINHOS



ELE NÃO ERA PACIFISTA



SANTOS DUMONT ERA UM PICARETA?


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Depois, Narloch simplesmente detona a JOSÉ CARLOS PRESTES E SUA FATÍDICA COLUNA PRESTES, revelando inúmeras atrocidades absurdas contra o povo simples das cidadezinhas que eles passavam: matanças, torturas, estupros...

O REVOLUCIONÁRIO TRAPALHÃO

PARA QUE, AFINAL, SERVIA A COLUNA PRESTES?


COMO SABOTAR A PRÓPRIA REBELIÃO


"Outro criminoso da década de 1930 que ganhou a fama de defensor do povo foi Virgulino Ferreira da Silva, o Lampião.


Muitos livros o tratam como um Robin Hood do Sertão - o historiador britânico Eric Hobsbawm, por exemplo, citou Lampião como exemplo de bandido social, aquele que realiza ”uma forma primitiva de protesto” contra a exploração no campo.


Há muito tempo se sabe que o cangaceiro estava mais para o contrário: um defensor dos ricos."


LAMPIÃO É O PAI DO BREGA


ELZA, A OLGA QUE PRESTES MATOU


"Das histórias que compõem a Intentona Comunista de 1935, a mais famosa é a da judia alemã Olga Benário.


Depois de capturada pela polícia brasileira ao lado de Prestes, foi extraditada grávida de sete meses para a Alemanha nazista. Sem a ajuda da diplomacia soviética, que desprezava revolucionários fracassados, morreu seis anos depois, na câmara de gás do campo de concentração de Bernburg.


Menos conhecido, porém igualmente dramático, é o caso de outra jovem a serviço dos comunistas. Elvira Cupello Calônio, que usava o codinome Elza e também era conhecida por Garota, foi executada pelos próprios companheiros em fevereiro de 1936, por causa da insistência de Prestes e provavelmente com a aprovação de Olga.


Elvira ganhou em 2008 uma ótima biografia - Elza, a Garota, do jornalista Sérgio Rodrigues."


"Tanto o jornalista Sérgio Rodrigues quanto William Waack, dois grandes entendedores da história de Elza, disseram, em entrevista por e-mail, que sim, Olga sabia. ”Com toda certeza Olga sabia. Acredito que o Prestes inclusive a consultou. Ele nada fazia sem falar com ela e com o Stuchevski”, diz Waack. ”Olga e Prestes estavam enfiados 24 horas por dia no mesmo aparelho no Méier enquanto rolava o processo”, afirma o jornalista Sérgio Rodrigues."


"Mesmo quando Prestes estava preso pela morte da garota, os comunistas se esforçaram para apagar o caso. No livro O Cavaleiro da Esperança, uma biografia poética de Prestes escrita em 1942, Jorge Amado diz que o caso foi uma mentira criada pela polícia..."


TRÊS COISAS QUE A TORTURA NÃO ESCONDE


l. A GUERRILHA PROVOCOU O ENDURECIMENTO DO REGIME MILITAR


"Em 1959, quando Fidel Castro chegou ao poder em Cuba, mostrou ao mundo que era possível vencer os governos de direita por meio de uma guerrilha pequena e organizada. Esse exemplo avivou os sonhos dos guerrilheiros da América Latina."



"...Os documentos revelam os objetivos de Brizola em relação a esses grupos..."


"...usem mulheres e crianças como escudo humano, para ”acobertar a ação dos G11 da reação policial-militar”; e ainda executem reféns sem compaixão: No caso de derrota do nosso movimento, os reféns deverão ser sumária e imediatamente fuzilados."


"...Um dos mais ativos terroristas daquele ano foi Diógenes Carvalho de Oliveira. De março a dezembro, ele participou de cinco assaltos, três atentados a bomba e uma execução. Em junho, fez parte do grupo que lançou uma caminhonete carregada de dinamite no quartel do Segundo Exército, ao lado do parque do Ibirapuera. A caminhonete atingiu o muro do quartel, matando um soldado e ferindo três.


Em outubro, dois meses antes do AI-5, o capitão Americano Charles Chandler, de 30 anos, foi morto quando saía de casa, no bairro Sumarezinho, em São Paulo. É Diógenes o guerrilheiro mais apontado como o autor dos seis tiros de revólver que mataram o militar americano. A última ação de Diógenes em 1968 foi um assalto a uma casa de armas.


Dois dias depois, os militares aprovaram o AI-5.


Afirma o historiador Marco Antônio Villa:

Argumentam que não havia outro meio de resistir à ditadura, a não ser pela força. Mais um grave equívoco: muitos dos grupos existiam antes de 1964 e outros foram criados logo depois, quando ainda havia espaço democrático (basta ver a ampla atividade cultural de 1964-1968). Ou seja, a opção pela luta armada, o desprezo pela luta política e pela participação no sistema político e a simpatia pelo foquismo guevarista antecedem o AI-5 (dezembro de 1968), quando, de fato, houve o fechamento do regime.

O terrorismo desses pequenos grupos deu munição (sem trocadilho) para o terrorismo de Estado e acabou usado pela extrema-direita como pretexto para justificar o injustificável: a barbárie repressiva.[...]


Conceder-lhes o estatuto histórico de principais responsáveis pela derrocada do regime militar é um absurdo. A luta pela democracia foi travada nos bairros pelos movimentos populares, na defesa da anistia, no movimento estudantil e nos sindicatos."


"Alguém poderá dizer que a reação dos militares ao terrorismo foi exagerada. A ditadura passou um trator de tortura em cima de um punhado de jovens com ideias ingênuas, que dificilmente teriam força para tomar o poder.


Isso pode ser verdade, mas não era seguro pensar assim naquela época. Qualquer notícia de movimentação comunista era um motivo justo de preocupação. A experiência mostrava que poucos guerrilheiros, com a ajuda de partidários infiltrados nas estruturas do Estado, poderiam sim derrubar o governo. E, depois que isso acontecia, era difícil tirá-los de lá.


A guerrilha de Fidel Castro, que derrubou Fulgêncio Batista em 1959, começou três anos antes com um grupo de 81 soldados. Em 1961, dissidentes cubanos tentaram, com apoio dos Estados Unidos, derrubar Fidel invadindo o país pela Baía dos Porcos.


Foram todos presos ou mortos pelos comunistas."



2. OS GUERRILEIROS NÃO LUTAM POR LIBERDADE


"Sempre que se fala dos grupos armados, usam-se as expressões do tipo ”lutavam por liberdade”, ”lutavam contra a ditadura”. Como afirma o jornalista Elio Gaspari no livro A Ditadura Escancarada, ”a luta armada fracassou porque o objetivo final das organizações que a promoveram era transformar o Brasil numa ditadura, talvez socialista, certamente revolucionária. Seu projeto não passava pelo restabelecimento das liberdades democráticas”.


"A Ação Popular, da qual participou José Serra, defendia com todas as letras ”substituir a ditadura da burguesia pela ditadura do proletariado”.



"Basta olhar para os países comunistas de hoje para perceber o que os heróis da luta armada fariam com a gente.


Os cubanos não só se prostituem para comprar sabonetes como aprendem na escola que amor é o que Fidel Castro sente pelo povo.


A China vigia a internet, prende blogueiros indesejáveis e censura até mesmo informações de saúde pública, sobre epidemias e infecções em massa.


Como não houve socialismo no Brasil, nunca saberemos como teria sido o sistema por aqui. Mas podemos imaginar.


Tendo como base todas as experiências comunistas, é razoável pensar que a Amazônia seria uma enorme prisão onde aliados incômodos e inimigos do regime fariam trabalho forçado, como o gulag soviético.


Estudantes arrastariam seus professores para fora da sala de aula e os linchariam, por acharem que eles representavam a velha cultura, como aconteceu durante a Revolução Cultural da China.


Em episódios semelhantes às mortes nas praias cubanas, cidadãos seriam executados depois de flagrados tentando fugir para o Paraguai. Na pior das hipóteses, 21% da população seria exterminada, como fez o Khmer Vermelho no Camboja. Na melhor, burocratas trocariam cargos por sexo e mais de 1% da população seria de espiões, como na Alemanha Oriental."


"Se o Brasil vivesse um regime como o cubano ou o chinês, como sonhavam os guerrilheiros de esquerda, pelo menos mais 88 mil pessoas seriam mortas.


Se a ditadura socialista brasileira matasse 90% menos que a cubana, haveria vinte vezes mais mortos que as vítimas dos militares.


Por fim, se déssemos o azar de ser governados por socialistas mais agressivos, como o ditador Pol Pot, do Camboja, assistiríamos ao maior genocídio do século 20."


POR QUE ELES TORTURAVAM


3. O SONHO ACABOU: QUE BOM


"Mesmo na história do Brasil, em que o comunismo não passou de um plano, é fácil compará-lo a uma religião. As organizações deixaram à mostra o fato de serem muito parecidas com religiões ou seitas radicais.


Diversas tinham rituais de iniciação, como batismos, baseados na idolatria fanática a personagens míticos. A cartilha dos Grupos de Onze, aqueles que Leonel Brizola propagandeava na rádio, propunha um ritual de iniciação em que os participantes deveriam ”proceder à leitura solene, com todos os onze companheiros de pé, do texto da ata e da carta-testamento do presidente Getúlio Vargas”.


Depois da leitura da carta, os novos membros teriam que escrever seu nome abaixo da assinatura do presidente suicida. Comprometiam-se a dar vida pelo país assim como fez Getúlio Vargas."


"Deposto pelo golpe de 1964, o presidente João Goulart ganhou a imagem de homem íntegro que foi impedido pelos militares de fazer um governo honesto. Trata-se só mesmo de uma imagem. Em seus dois anos de governo, Jango deu uma boa força às falcatruas entre o governo e as empreiteiras."


JANGO FAVORECIA EMPREITEIRAS


"quem pegou em armas e arriscou a vida em nome do comunismo estava mais perto do messianismo que da sensatez"


Se o governo e a sociedade brasileira mantiveram o país longe dos comunistas, existe aí um motivo para nos

sentirmos aliviados: o país pôde avançar livre dos perigosos profetas da salvação terrena..."

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Considero O GUIA POLITICAMENTE INCORRETO DA HISTÓRIA DO BRASIL uma pesquisa lúcida de suma importância para a História do Brasil, e acho que deveria ser indicado para TODOS OS ESTUDANTES das escolas.

É um condensado riquíssimo que ajuda a dissipar a neblina comumente presente ao redor de fatos históricos, que só serve a interesses obscuros.

SALVE A HISTÓRIA!

NOTA 10

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